Todos seguiam num ritmo frenético e, nós, perdidos em meio a multidão só conseguimos seguir o fluxo e nos deixar levar.
Na primeira parada uma loja abarrotada de gente e uma interrogação:
- Mas o que será que tem aí?
- Não sei. Mas, vamos aí...
Entramos.
Sem entender muito bem do que se tratava a loja, nos deparamos com prateleiras cheias de produtos nunca vistos por nenhum de nós dois. Todos eles estavam revestidos com as mais estranhas e coloridas embalagens, e os escritos eram totalmente alheios à nossa compreensão. Aos poucos deu pra sacar que era uma loja de alimentos japoneses e, que estávamos na seção de doces. Percebi isso porque lembrei-me das esquisitas guloseimas que eu havia experimentado com uma garota coreana que havia namorado anos atrás. Ela adorava aqueles doces japoneses. Para mim, eles possuíam um gosto muito exótico, afinal, quem é que tem o costume de comer de sobremesa um doce de arroz, cujo recheio é feito de feijão?
Todos aqueles produtos, rostos, falas, escritos, ritmos me fizeram experimentar a sensação de ser um estrangeiro. E o que é mais louco ainda, um estrangeiro em meu próprio país. Falei para meu companheiro de aventuras que sentía-me em outro mundo. Era um tubilhão de sensações!
Achávamos tudo aquilo fantástico. Abria-se para nós um universo completamente novo e desconhecido.
Ao caminharmos para a saída do estabelecimento, vi um cartaz que chamou minha atenção:
- "Procura-se atendente que fale japonês fluente".
"Ufa!" - pensei comigo - "pelo menos isso eu conseguia compreender".
Será?
26.6.08
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3 comentários:
Vitor, dia 7 eu entro de férias (facul e trampu). to com muita vontade de ficar uma semana todinha em sampa. me diz umas dicas... pelo que li: museu da língua, LIberdade. (já eram meus pontos escolhidos). além do museu, do ibirapuera... vc me indica o q pessoalmente?
gostei de tudo o que vc escreveu. em animou, sério.
mas então... é eh tudo facin de chegar? eu sou de campinas, eh interior tb.
to esperandu suas dicas!
qqer coisa, escreve no gmail.
carolbonturi@gmail.com
=*
Esse deslocamento em terras em que não somos estrnageiros, mas que nos sentimos como, me encanta!
Abraços
escreve maaaaaaaaaais!
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