Passamos então subir a alameda. Voltamos ao fluxo, mas do lado contrário.
Preenchíamos os vãos, os poucos espaços que restavam entre os vários transeuntes que disputavam um pedaço a calçada.
Descer foi mais fácil, mas subir trouxe uma outra percepção daquele fluxo que nos atravessava. Do outro lado da rua foi possível tomar uma certa distância daquela frenesi que antes nos arrastava e, refletir. Depois de tantas descobertas nós nunca mais haveríamos de ser os mesmos. A verdade é que tomamos gosto pelo desconhecido, pela aventura de navegar sem rumo certo, sem ponto de chegada ou beijo de namorada.
Ousamos cruzar a linha da incerteza e agora, estávamos de volta ao nosso ponto de partida: estação Liberdade.
Era chegada a hora de atracar no porto. Entramos em uma lanchonete, sentamos, bebemos, descansamos e partimos novamente, a fim de alcançar novos horizontes.
A estação de metrô ficou para trás, e a Liberdade passou a ser não mais um lugar, um bairro, um espaço físico, mas a nossa direção. Liberdade tornou-se, enfim, o norte de nossas bússolas.
30.7.08
29.7.08
Flor de lótus
Estávamos sedentos por novidades, cheiros, gostos, rostos, objetos, curiosidades. Dali pra frente foi uma surpresa atrás da outra. Eu e Zé entrávamos em toda e qualquer porta, galeria, loja e o que mais nos interessasse.
Eram utensílios de culinária oriental, roupas, relógios, espadas samurais, artesanatos, lanternas japonesas. Enfim, um universo contido no espaço de um único bairro.
Passamos por um viaduto. Nas calçadas se dava uma feira, meio que de improviso. Precárias mesas exibiam as mais diversas mercadorias: iguarias orientais, animes, dvds e cds piratas de música japonesa e até mudas de flor-de-lótus.
Pela primeira vez na vida vi uma flor-de-lótus. Era muito bonita, exótica. É o tipo de coisa que você ouve falar durante toda sua existência, mas que nunca espera encontrar até dar de cara com ela à venda bem ali, no meio da calçada.
Andamos que andamos até chegar ao final do fluxo, pessoas e movimento. De repente estávamos diante de uma rua qualquer, com o negrume de seu asfalto, as calçadas cinzentas e as paredes sem graça. Então, demos meia volta e retornamos ao fluxo da multidão, mas dessa vez no sentido contrário.
Eram utensílios de culinária oriental, roupas, relógios, espadas samurais, artesanatos, lanternas japonesas. Enfim, um universo contido no espaço de um único bairro.
Passamos por um viaduto. Nas calçadas se dava uma feira, meio que de improviso. Precárias mesas exibiam as mais diversas mercadorias: iguarias orientais, animes, dvds e cds piratas de música japonesa e até mudas de flor-de-lótus.
Pela primeira vez na vida vi uma flor-de-lótus. Era muito bonita, exótica. É o tipo de coisa que você ouve falar durante toda sua existência, mas que nunca espera encontrar até dar de cara com ela à venda bem ali, no meio da calçada.
Andamos que andamos até chegar ao final do fluxo, pessoas e movimento. De repente estávamos diante de uma rua qualquer, com o negrume de seu asfalto, as calçadas cinzentas e as paredes sem graça. Então, demos meia volta e retornamos ao fluxo da multidão, mas dessa vez no sentido contrário.
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